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Um Anónimo em Lisboa

Um Anónimo em Lisboa

Vencedores e vencidos

Vem isto a propósito das eleições autárquicas. Porque, como sempre, há vencedores e vencidos. E logo numa leitura mais rude, dois grandes vencedores e dois grandes derrotados.

Ganhou o PS de António Costa. 156 câmaras é obra. Roubar Almada e Beja à CDU é inacreditável.

Ganhou o CDS de Assunção Cristas. Aproveitando o momento (cada vez) mais negro do PSD, O CDS elegeu 6 presidentes de Câmara, elegeu 4 vereadores em Lisboa (tinha 1!) e ainda apoiou a candidatura vencedora do Rui Moreira.

Dois grandes derrotados. PSD e CDU. Pedro Passos Coelho e Jerónimo de Sousa. E sim, coloco ambos ao mesmo nível. Porque ambos (líderes e partidos) foram punidos pelo seu eleitorado. Seja por ações passadas ou presentes, o certo é que ambos tiveram um muito pior resultado que na eleição anterior.

E por último, o BE que, na minha opinião, não ganha nem perde. Sobe o número de eleitos, é certo, mas não recuperaram a sua Câmara (Salvaterra de Magos) e não impediram maiorias absolutas, que foram os objetivos fixados pela sua dirigente. Comparativamente, o Nós Cidadãos ganhou uma Câmara!

 

E chegamos aos indívíduos. E aqui as coisas mudam de figura. Fernando Medina ganhou as eleições em Lisboa. Mas, para mim, não é uma grande vitória. Porque perde mandatos, perde votos, e perde a maioria absoluta! Outro grande derrotado é André Ventura, a quem foi demonstrado que este tipo de discurso populista, demagogo, não entra em Portugal. Teresa Leal Coelho cumpriu a sua função, perdendo estrondosamente e tentado afastar as culpas do líder. Paulo Vistas, Narciso Miranda, candidaturas independentes que perderam. E outros faltarão...

 

Vencedores claramente Rui Moreira e Isaltino Morais. Ambos conseguiram a sua maioria absoluta.

 

Duas notas. 3 boletins de voto é demais. Está na altura de alterar o método de eleição e igualar às legislativas. Votar apenas para as assembleias e estas elegerem os seus líderes. Acabar com as listas para vereadores. Não faz sentido só poderem contar com membros das listas para formar o executivo. O segundo ponto é a existência do dia da reflexão. Não faz sentido nos dias de hoje.